sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Melhor coisa de entrar para o Pixies foi conhecer o Rush, diz baterista
Em entrevista ao G1, David Lovering conta que é fã da banda canadense .
Pixies se apresenta no Brasil em outubro, no festival SWU em Itu.
Com uma curta e intensa carreira entre o fim dos anos 80 e início dos anos 90, o Pixies se tornou uma das bandas mais cultuadas do indie americano, ganhando elogios de fãs ilustres como Kurt Cobain (Nirvana), Rivers Cuomo (Weezer) e Thurston Moore (Sonic Youth). Mas, para o baterista David Lovering, a melhor coisa de ser um rockstar no Pixies foi a oportunidade de conhecer de perto os membros do Rush, a lendária banda de rock progressivo canadense para a qual a maioria dos fãs de indie rock costuma torcer o nariz.
“Para mim foi muito importante, foi incrível”, explica o músico em entrevista por telefone ao G1. “Tirei uma foto com o Geddy (Lee, baixista) e o Alex (Lifeson, guitarrista do Rush), parecia uma nova formação da banda”, brinca.
Lovering, que vem com o Pixies pela segunda vez ao Brasil em outubro, para tocar no Festival de Música SWU, em Itu, conta que a tietagem com a banda chega até Hollywood, incluindo gente como a atriz Jessica Alba. “Ela veio nos visitar no camarim esses dias. É incrível imaginar que todas essas pessoas são nossos fãs”, diz.
Confira a programação completa do Festival de Música SWU
Depois de encerrar a carreira em 1993, os integrantes do Pixies - que inclui ainda Frank Black, Kim Deal e Joey Santiago - se reuniram em 2004 para uma turnê mundial, e para descobrir que tinham uma nova legião de admiradores. “Mais da metade do nosso público é formado por pessoas que não tinham nem nascido quando lançamos ‘Come on pilgrim’ (primeiro EP do grupo, de 1987)”, conta o baterista, admirado.
Mágico e cientista maluco
Durante este hiato do grupo, Lovering se tornou um ilusionista, fazendo apresentações sob o nome de The Scientific Phonomenalist. “Eu me visto como um cientista maluco e faço truques científicos – faço a gravidade funcionar mais lentamente, disparo anéis de fumaça a 100 metros de distância. As pessoas gostam muito de fumaça e fogo, por isso o meu show está cheio disso”, afirma, dizendo que entre seus mágicos favoritos estão artistas como o argentino René Lavand e a dupla Penn & Teller.
O baterista evoca sua profissão “paralela” na hora de falar sobre o novo álbum do Pixies, aguardado pelos fãs desde 2004. “Eu não seria um bom mágico se contasse os meus segredos”, brinca. “Faz dois anos que começamos a falar mais de gravar um disco, mas passamos este ano inteiro viajando. No início de 2011 teremos tempo, e aí sim devemos começar a gravar novas faixas”, revela.
Ele admite que as tensões entre a banda eram altas quando o grupo terminou nos anos 90, mas afirma que agora os integrantes não sofrem mais como no passado. “Para mim, toda banda é disfuncional, tem seus problemas internos. A diferença está em como você lida com eles. Quando éramos mais novos, tudo virava um drama, era muito difícil, mas agora está bem mais tranquilo, somos todos mais maduros”, conta.
Se o show do grupo no Brasil não vai ser inédito - a banda fez uma cultuada apresentação em Curitiba em 2004 - , Lovering promete pelo menos algumas boas surpresas para os fãs, o que inclui ele soltando a voz pela primeira vez no país. “Faz pouco tempo que eu comecei a cantar nos shows, sempre ‘La la love you’, única música que eu gravei cantando no Pixies. O show vai começar com faixas dos primeiros álbuns, e vamos atravessar toda a carreira, com todos os hits”, promete.
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